terça-feira, 5 de abril de 2011

As mulheres e a educação tecnológicca


A educação técnica no Brasil há dois séculos exerceu diversas funções. Posto que em primeiro lugar expandia-se de forma assistencialista, atendendo as classes menos favorecidas da sociedade, dentre elas, órfãs e desvalidos da sorte. Porém, posteriormente, a educação técnica adotou um perfil excluidor e demarcador, tornando-se extremamente sexista, e no quesito educacional, agindo como uma ponte excluidora entre os gêneros.


No contexto histórico a educação técnica serviu para consolidar a divisão sexual do trabalho na sociedade, onde as mulheres não possuíam abertura no mercado para exercer profissões no ramo de eletrotécnica, refrigeração, manutenção industrial, etc.


No final do século XX, as mulheres provaram a sua capacidade de auto organização e unidas em diversos movimentos feministas reverteram quadros históricos de opressão. Segundo informações do Censo, nos dias atuais as jovens mulheres ocupam metade das matrículas em cursos profissionalizantes. O nível de escolaridade das mulheres também mostra-se demasiadamente mais elevado do que a média masculina. A prevalência das jovens mulheres entre as mais escolarizadas ocorre a partir do ensino médio e se estende ao superior. Todavia, independente de formação, as mulheres obtêm rendimentos precários comparado ao rendimento dos homens no mercado de trabalho.


Portanto, é de extrema importância que as jovens estudantes protagonizem a luta feminista no movimento estudantil e na sociedade, a fim de promover mudanças nas vidas – já tão predestinadas – das mulheres.


Por: Louise Félix, diretora de Combate às Opressões da UBES

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