terça-feira, 5 de abril de 2011

Ceará cada vez mais lilás!

DCE do IFCE conquista reivindicação histórica das mulheres!




Viemos através desta nota socializar com nossas companheiras uma importante conquista que obtivemos na formulação da política da assistência estudantil do IFET CE. Fomos convocados pela reitoria de nossa instituição para colaborarmos na formulação desta política. Aproveitamos a oportunidade para inserir como pautas uma série de reivindicações históricas do M.E, assim como dos movimentos sociais. O fato de nossas verbas para assistência estudantil terem sido triplicadas, nos foi suficiente para aproveitarmos a oportunidade de inserir todo o nosso acúmulo e proposições para a Assistência estudantil. Tivemos a preocupação de levar em conta nesta política os aspectos sócio-econômicos e recortes específicos como garantia de permanência na Universidade e da condição juvenil cearense. Apresentamos uma pauta que vem sendo reivindicada historicamente pelas mulheres estudantes. Sabemos que muitas mulheres ao decorrer de sua graduação acabam engravidando. Esta é uma realidade muito comum aqui no Ceará. Muitas vezes acabam tendo de exercer uma maternidade indesejada e por consequência vêm a trancar seus cursos, cancelar suas matrículas e adiar seus projetos de vida. Desde que começamos a nos organizar enquanto coletivo no IFET e nas demais Universidades, tivemos a compreensão de entender que a auto organização das mulheres era importante não apenas para que o meio acadêmico compreendesse o papel elas exercem na sociedade, mas também porque estas são sujeitas à opressão e só elas podem reivindicar questões específicas capazes de atender suas demandas. Então desde o princípio defendemos a criação de creches em nosso Instituto, para que as mulheres estudantes pudessem ser bem sucedidas em sua jornada acadêmica e que a maternidade não pudesse impedir as mulheres de realizar sua graduação. Viemos há algum tempo debatendo a pauta das creches no IFET e encontramos diversas resistências. Algumas pelos custos de criar e manter uma creche e outras pela falta real de espaço físico no IFET. Então conseguimos dialogar e garantir uma bolsa auxílio-maternidade, um subsídio para que as mulheres estudantes pudessem deixar seus filhos em creches, escolas ou com babás. A Bolsa atenderá mulheres estudantes regularmente matriculadas, com filhos de 0 a 12 anos e com filhos de qualquer idade portadores de necessidades especiais. O valor da Bolsa será calculado pelo número de filhos, com teto de até três filhos. O tempo de concedimento do auxílio beneficiará mulheres com vista no tempo regular para conclusão da graduação com o acréscimo de até 50% do tempo regular. O Coletivo de mulheres do IFET CE está comemorando a grande vitória das mulheres, do DCE e da Kizomba. É de grande felicidade também para nós que esta reivindicação tenha sido atendida no mês de março, mês simbólico para a luta das mulheres. Além desta conquista conseguimos implementar na política de assistência estudantil o Bolsa Atleta, bolsa cultura, o aumento da bolsa de permanência, o aumento do auxílio alimentação, moradia e transporte. Outro ponto importante é que a única exigência para que as mulheres tenham garantia da bolsa é que estas tenham pelo menos 70% de frequência geral nas aulas. O critério de reprovação de disciplinas não afetará a garantia da bolsa. Esperamos ter feito uma contribuição positiva para o M.E e gostaríamos de deixar agradecimentos especiais a companheira Isabel Cristina, Diretora de Mulheres do DCE e da Kizomba Lilás e para o coletivo de mulheres do IFET CE.”


Carta do DCE José Montenegro de Lima IFCE

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